fulano
deveria estar festejando o natal que se aproxima, mas, indignado com a repetição dos atos(este poema tem 30 anos) repito-o aqui, reclamando... desculpem
Fulano, sicrano, beltrano...
Cidadãos de uma Pátria
Acima dos párias,
Herança dos coronéis,
Falando... Falando...
Não falem por nós,
Viventes sem voz!
Anões antenados,
Em suas cadeiras
E suas legislaturas.
Mentira... Mentiras...
Assim são as falas,
Suas falas vazias.
As salas e antessalas
Espera... Espera...
Por nada, senhores,
Monumentos à farsa.
De seres sem sal,
Sem tempero algum...
Senhores vazios, vazados,
Abrigos de ratos,
Não falem por nós,
São nossos liames, atados
Às salas vazias falas vazias
De mercenária confraria.
De vós que desfazem
À nós que vivemos
Sem eira nem beira,
A beira do caos.
Por nós, que sofremos
Calados, calastes.
Sua fala é de contos
De fadas, Madrinhas,
Amadrinhadas, de leões
Que só rugem, de ratos
Que roem, e, enfim,
Em nós tanto dói, calai!
Sergiodonadio.blogspot.com
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