fulano

deveria estar festejando o natal que se aproxima, mas, indignado com a repetição dos atos(este poema tem 30 anos) repito-o aqui, reclamando... desculpem

Fulano, sicrano, beltrano...

Cidadãos de uma Pátria

Acima dos párias,

Herança dos coronéis,

Falando... Falando...

Não falem por nós,

Viventes sem voz!

Anões antenados,

Em suas cadeiras

E suas legislaturas.

Mentira... Mentiras...

Assim são as falas,

Suas falas vazias.

As salas e antessalas

Espera... Espera...

Por nada, senhores,

Monumentos à farsa.

De seres sem sal,

Sem tempero algum...

Senhores vazios, vazados,

Abrigos de ratos,

Não falem por nós,

São nossos liames, atados

Às salas vazias falas vazias

De mercenária confraria.

De vós que desfazem

À nós que vivemos

Sem eira nem beira,

A beira do caos.

Por nós, que sofremos

Calados, calastes.

Sua fala é de contos

De fadas, Madrinhas,

Amadrinhadas, de leões

Que só rugem, de ratos

Que roem, e, enfim,

Em nós tanto dói, calai!

Sergiodonadio.blogspot.com

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 24/12/2015
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