Artifício da Esperança

Eu, pólvora nua,

Sonhava um dia

Morrer de alegria

No meio da rua.

Estrela cadente!

Eu peço a paz...

Não deixe jamais

Que eu seja do mal.

Papel em cilindro

Pavio numa ponta,

Eu fico até tonta,

Virei dinamite?

Chegada a hora

Aceso o pavio,

Mas onde se viu?

Não vou explodir?

Subi de repente

Estouro no céu

Formando um véu

De estrelas cadentes,

Até me comovo...

Virei esperança

De alguma criança,

Já é ano novo.

Paulinho Sorrentino
Enviado por Paulinho Sorrentino em 24/12/2015
Código do texto: T5489482
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