Distopia do querer

De tanto desistir, insisto.

Vejo lado oculto escurecer mais.

Como retaliação ao indagador.

Me Rendo a resposta pragmática

Que elimina toda leveza do fantástico.

Se persisto, personifico angustia de ser dúbio.

Como posso parecer normal,

Se é tão inconsistente meu estado de espírito.

Decisão parece uma novela utópica.

Lê-la capacita em crer decisões mais leve

A utopia só ajuda em me entorpecer.

Assim concluo: minha vida é uma distopia.

O contexto tão duro.

Fez com quem me vê não observar.

O fundo do meu eu.

Aqui, do meu subterrâneo

Muitas das pedras não foram solidificadas

Aqui, ocorre tremores

Muitas das pedras não suportam o peso

Muitas das pedras que perderam a brutalidade se foram.

A minha base já não é mesma.

Daniel Avulso
Enviado por Daniel Avulso em 23/12/2015
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