Chuva prateada
A tarde veio sombria
O céu opaco revelava o temporal
No horizonte cinza dos olhos meus
O sol dormia antes da noite
A chuva caia nas mãos do tempo
Que perdeu o encanto no espelho
Do poente cromático de ilusões
Que gotejava entre flores
E alagava-se como pingos criativos
Da chuva prateada que dilacerava
O rastro das flores e estrelas
Que nem sonhava como o poeta
No abismo a água era caminho
E rolava na emoção vão do desvio
Deixava curvas e marcas suaves
A fé quebrava o vento que soprava
E no encanto marcava o fim da chuva
Que sorria na luz das estrelas
E sem noção segui pela viela ilícita
Na busca do meu amor em versos
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