memória de natais

Memórias de natais

O anel que tu me deste

Era vidro e se quebrou

O amor que prometias

Era pouco e se acabou

Como todas promessas,

Como sim e tantos nãos,

Como a marca pela relva

E o cheiro nos hortelãs...

O anel que me tomaste

Era lástima e me quebrou

Em tantos cacos amargos

Que o tempo desluziu.

Assim mo deste, a pedido,

O sim a cada menção, e,

Enfim, como que pariste

O que seria mais um não.

O anel que não me deste,

Prometido como o foi,

Fez-me amargo e freio

Das outras pontas da dor.

E do amor que me negaste

Entre a promessa e o real

Sobra amargo regresso

A cada ponto final.

Sergiodonadio.blogspot.com

Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal

Clube de Autores, Amazon Kindle.

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 21/12/2015
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