memória de natais
Memórias de natais
O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou
O amor que prometias
Era pouco e se acabou
Como todas promessas,
Como sim e tantos nãos,
Como a marca pela relva
E o cheiro nos hortelãs...
O anel que me tomaste
Era lástima e me quebrou
Em tantos cacos amargos
Que o tempo desluziu.
Assim mo deste, a pedido,
O sim a cada menção, e,
Enfim, como que pariste
O que seria mais um não.
O anel que não me deste,
Prometido como o foi,
Fez-me amargo e freio
Das outras pontas da dor.
E do amor que me negaste
Entre a promessa e o real
Sobra amargo regresso
A cada ponto final.
Sergiodonadio.blogspot.com
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