A calmaria, finalmente, me veio,
Fria, como um sopro longínquo das coisas vividas,
Triste, como um sol pontual com enferrujados ponteiros,
Acumulando Pedras-da-Noite em meu telheiro,
E eu não tenho para onde ir.
 
Fechei, fechei-me e tudo passou...
 
Ao Poente
um resto de voo
arrasta um pássaro a ninhos descuidados
aonde repousam cadáveres abandonados,
pois na primavera das asas
gravetava em outras árvores
por inúmeras florestas.
 
Abro a janela e tudo passou...
E por onde vou não há.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 21/12/2015
Reeditado em 21/12/2015
Código do texto: T5486987
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