Aceite meu punhal
Os mesmos passos que me levam ao êxtase
São os que me guiam à perdição
Quanto mais intensas as emoções
Maiores os riscos que me corroem
Ao chegar perto
Entrego-lhe um punhal
E não há nada que eu possa fazer
Para seu uso proibir
Aliás, quase imploro para que tente me destruir
Quem sabe assim eu não escolha ficar
E afaste-me antes de chegar ao covil
Mas já estou envolvida pela música sútil
E não ouço o afiar da lâmina que trará meu fim
Ouvi a mesma história na qual nunca acreditei
E sei que dessa vez não será diferente
Mas seu sussurar despertou-me a curiosidade
E iniciei uma jornada sem volta
Quisera eu desfrutar da lição
E reaprender o que já sabia de antemão
Mas deixei-me matar
E meu fantasma não quer nem saber do que deixei para trás