PROCURO-ME

PROCURO-ME

Procuro-me na poesia

Vez por outra me acho

Mas boa parte das vezes

Perco-me em devaneios

Talvez uma tentativa de fugir

De tanta realidade do hoje em dia

Que pouco fala

Mas vê em demasia

Interage em excesso

A maior parte das vezes sem nexo

Mero anexo

Que logo cai na vala do esquecimento

Ou na cova funda coberta de cimento

E aí vem a chamada paz

Que chama-se na verdade aqui jaz

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 19/12/2015
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