PROCURO-ME
PROCURO-ME
Procuro-me na poesia
Vez por outra me acho
Mas boa parte das vezes
Perco-me em devaneios
Talvez uma tentativa de fugir
De tanta realidade do hoje em dia
Que pouco fala
Mas vê em demasia
Interage em excesso
A maior parte das vezes sem nexo
Mero anexo
Que logo cai na vala do esquecimento
Ou na cova funda coberta de cimento
E aí vem a chamada paz
Que chama-se na verdade aqui jaz