Dor Cigana

Uma viagem

Luz do sol tragando vapores da manhã

Como se traga o carmim encarnado

De uma taça de vinho da noite passada

Esquecida, escriba anciã de verdades

Letras antigas em um velho papel

Bordaste a mão seu vestido

E o usaste pra uma bela dança

Que exalava luz e perfume

Cigana Andaluza,

Nas patas de seu cavalo o fel

Nas mãos o lume pra perdida noite

O gosto de céu,

O cheiro de chão

Nos seus olhos brilho e vão

Onde se consome a casa

Passado a fio de espada

O corpo frágil, seu