MARIANA

Mariana vivia sossegada,

Brincando com o amigo Bento,

No doce rio que ali passava.

Um dia, Mariana, coitada,

Por ganância de um rei desatento,

Afogou-se num tsunami de rejeitos.

A lama desceu inclemente, feito lava,

E, infelizmente, neste catastrófico evento,

Foi-se também o amigo Bento.

As causas apontadas eram malfeitos,

Ganância e falta de fiscalização.

A lama podre foi cobrindo as redondezas.

Tomando conta de todo o Brasil.

Deixando rastros perversos de corrupção,

Destruindo, sem dó, tanta beleza.

À cínica nobreza só importava o metal vil.

E as roubalheiras foram-se alastrando,

Junto com o fétido e pútrido lodo,

Criminosamente atingindo o povo todo...

O gigante adormecido hoje vive se arrastando,

Rezando a Deus, nosso bondoso Pai,

Para que opere um milagre, conclamando,

Na causa, Jesus e, também, o Espírito Santo.

Luna Mia
Enviado por Luna Mia em 19/12/2015
Código do texto: T5484805
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.