THERAPHOSA BLOND - Adventures

THERAPHOSA BLOND

Adventures

Pobre descabido orvalho

caído sobre os pés dela

na chuva de tormentas

masculinas

perdendo fagulhas

pelos olhos

olhos de fogo na saída

ela é tão linda

ela percebe o falsário

marinheiro a bordo

onde ele está indo

caindo na alcova

dos leões famintos

é presa fácil

desliza suave pelos bancos

das praças

as trapaças dos jogadores

de bermudas coloridas

não perde tempo

corre o tempo na velocidade

que ela ignora

olhos prontamente

de aranha meticulosa

teias entre os fios

as meias calafrios

dos domados pelo

falo

a cabeça de baixo

de serpentes suspensas

nada pensa

incomodo lugar fechado

querendo abrir saída

vento amargura dos

voyeurs plantados

na calçada a espera

será que voa as quimeras

de toda porção de agonia

presa lá dentro

cavernas do antigo

submundo lunático

animal que trafega na lama

do século

ainda vive sozinho

dentro destes férteis de nihil

ela viu o protótipo de

vira-latas humilde

sentado a beira da margem

de tudo que faz festa

pelas torneadas pernas

da dama

de qualquer dama

que noite entra causando

milagres

os sábios do jogo na mesa

perdem as cartas

por um momento falido

nenhum centavo

é tão caro

nenhuma derrota

se torna rendido

pela ofensa que ela traz

ele caminha pelo escuro

de um lugar estranho

um cigarro nos lábios

que aceso supresso

pelo sopro calórico

que vem do vento

que atrás a traz por sendo

escolhi tuas cores de pálido medo

este suor me embebeda

mãos de garras afiadas

o que era roupa por lençol

fica na calçada

estirada sobre o pré-moldado

soldado de nenhuma batalha

acaba olhando luzes

no vazio de vida

noturna

as escuras tremem macegas

na entrega

do que agora

a torna de novo viúva...