Era Serapião

Tingiu o céu de vermelho

e passou pela venda de

Seu Manoel, arisco,

num só átimo...

Era Serapião, o malandro,

aquele de quem diziam:

Esse não tem jeito;

não se emenda...

Malevolência é sua conduta

e sagacidade seu destino,

homem que fazia acontecer,

mas fugia de muita gente...

Um dia, desafiou

as pessoas erradas,

caminhou incerto, vacilou

e o castigo veio...

Acordou com a boca

cheia de formiga.

Ninguém sabia, ninguém soube,

apenas diziam: Era Serapião...

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 18/12/2015
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