O NOME (para Ana Valéria Sessa)
Apesar da extrema volatilidade,
E do assédio ao cerne do mito
Pela terrível pós-modernidade,
Contra a qual se insurge Baudrilllard...
Em meio ao turbilhão dos impropérios,
Sob o império da falta de sentido
E do escândalo planejado...
Mesmo assoberbados pelo simulacro,
A necessária farsa
E, ao mesmo tempo, verdade
De um tempo de fascismo...
A despeito de todo sofisma,
De toda inversão
- Mesmo que amparada no legítimo direito de defesa...
...Aqui e ali ressurge o nome,
Como signo que informa sobre o nume
Da humana inteireza,
Lume na incerteza.
No mais-que-perfeito anagrama
(Puro mesmo se nomeasse a mais impura das mulheres),
O nome resiste, enquanto resistimos,
Como seres,
Ao ataque brutalíssimo da fama...
...O nome: Ana.