QUANDO

QUANDO

Quando escrevo

Nada assisto, nada vejo

Mas sei

Que a guerra continua

Contínua

O governo depõe

E se decompõe

O dólar oscila

E ainda assim

Para tudo há fila

A lembrança se compra

O amor se dá

O cachorro late

Com o passar do gato

Ainda é fato

A tela brilha

Alguém me pilha

Em Brasília

O pensar devaneia

Criança e velho pagam meia

Por razões distintas

Um chegando outro partindo

E a vida segue

Altaneira ou rasteira

Num chão cada vez menos terra

Parece que tudo se encerra

Nesta poesia, neste dia

Nesta terra, nesta quimera

Nesta aleivosia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/12/2015
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