QUANDO
QUANDO
Quando escrevo
Nada assisto, nada vejo
Mas sei
Que a guerra continua
Contínua
O governo depõe
E se decompõe
O dólar oscila
E ainda assim
Para tudo há fila
A lembrança se compra
O amor se dá
O cachorro late
Com o passar do gato
Ainda é fato
A tela brilha
Alguém me pilha
Em Brasília
O pensar devaneia
Criança e velho pagam meia
Por razões distintas
Um chegando outro partindo
E a vida segue
Altaneira ou rasteira
Num chão cada vez menos terra
Parece que tudo se encerra
Nesta poesia, neste dia
Nesta terra, nesta quimera
Nesta aleivosia