AMOR NA INFÂNCIA
Posso até parecer incoerente,
Mas gostaria de voltar à infância
Dos meus doze anos, já cheia de paixão...
Qualquer papel, até na capa do livro,
Tinha o desenho de um coração...
Brotavam os meus primeiros sonhos,
Ferindo a minha ingenuidade...
Quantas vezes, estudando,
Fechava o livro... Cheio saudade...
E colocava no papel figuras
Que refletiam a minha paixão.
Meus sonhos eram lindos... A emoção
Invadia o meu ser
E me enchiam de douradas ilusões...
Nunca esqueci os meus infantis amores,
Apenas, por circunstâncias, os abandonei,
Mas, continuam gravados no meu coração.
Naquela idade, gostava de passear,
Eu e meus amigos falávamos sobre as paqueras...
Eram sintomas de quem queria amar.
Hoje, vejo aquele passado... sinto dor...
Revejo minha vida de conquistas e desilusões.
Sinto saudades... Quase tudo se perdeu
Nessa vida de contradições...
Resistiu, em mim, incólume,
Apenas, os sonhos do meu primeiro amor
Tarcísio Ribeiro Costa