AMOR NA INFÂNCIA

Posso até parecer incoerente,

Mas gostaria de voltar à infância

Dos meus doze anos, já cheia de paixão...

Qualquer papel, até na capa do livro,

Tinha o desenho de um coração...

Brotavam os meus primeiros sonhos,

Ferindo a minha ingenuidade...

Quantas vezes, estudando,

Fechava o livro... Cheio saudade...

E colocava no papel figuras

Que refletiam a minha paixão.

Meus sonhos eram lindos... A emoção

Invadia o meu ser

E me enchiam de douradas ilusões...

Nunca esqueci os meus infantis amores,

Apenas, por circunstâncias, os abandonei,

Mas, continuam gravados no meu coração.

Naquela idade, gostava de passear,

Eu e meus amigos falávamos sobre as paqueras...

Eram sintomas de quem queria amar.

Hoje, vejo aquele passado... sinto dor...

Revejo minha vida de conquistas e desilusões.

Sinto saudades... Quase tudo se perdeu

Nessa vida de contradições...

Resistiu, em mim, incólume,

Apenas, os sonhos do meu primeiro amor

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 01/07/2007
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