Súplica por chuvas
O verão continua,
Mesmo em dezembro.
As árvores perderam as folhas
Para respirar um pouco de vida.
O vento quente
Castiga um capim seco,
Que deu as ramagens à terra do meu quintal.
E me encharco de lágrimas na alma.
Tudo precisa de chuva.
Os pés de cajus chupam ainda água do chão
E dizem-me que aparece na tarde
Um sol parcialmente nublado.
Numa prece, fecho os olhos para ouvir trovões.