NAMORO LUNAR
I
engrinaldada por nuvens,
um pouco depois
da boca da noite,
II
não é que te vi, Lua Cheia,
emergindo do mar,
amada confidente,
III
a segredar animada
com linda e encantada
sorridente sereia alada?!...
IV
na tua minguante, porém,
podes dormir sossegada:
guardarei teu segredo!...
V
sem sono, entretanto, menina,
da madrugada eu abro a cortina
e te vejo rósea, mui feminina,
VI
a expelir insinuantes olhares,
muito mais que lunares,
para Fobos e Demo, as luas de Marte!...