A Força inexorável do Tempo

Eu não tenho mais a força física de um menino

E pós-adulto nem os sonhos me guiam mais.

Houve a época da fartura e nela com os sonhos realizados

Pipocavam os foguetes, aríetes da felicidade que parecia eterna.

Com o tempo os campos se desfazem e as flores vão caindo.

Nós sobrevivemos criando pinguelas

Andando de mãos dadas com o tempo

Sobre as cachoeiras de lágrimas

Súbitas e avassaladoras torrentes de emoções.

Lembrar o passado e reviver

Ora alegrias, ora tristezas

Transformar o choro de alegria em gemidos de dor e vice-versa.

O Coração e o Tempo são um só guia, magistralmente

Podem levantar o homem, mas também derrubar o pedestal.

Sementes não se repetem, são sempre novas sementes.

É preciso sempre amadurecer o fruto e cada um tem o tempo certo.

Quando ainda verde e cheios de vaidades

Nós rimos do tempo.

Depois, percebemos que ele calado ria de nós.

Que venha a humildade sem dores e que seja há tempo de ver novos nascimentos feitos com o mais puro amor.

Robertson
Enviado por Robertson em 15/12/2015
Reeditado em 15/12/2015
Código do texto: T5481451
Classificação de conteúdo: seguro