Inconfiável
Números simplórios ao léo
Acanha-te ao menor!
Verás infindo arder moral esbanjar.
Sei de veredas proibidas
O sulco que delas degustei
Desceu-me rasgando a esfolar canais tais estes
resididos em ti.
O alvoroço de cães de raça
A classe de pássaros iguais
Irritam
Mentem -se idades
Forjam-se identidades
Onde formada estou
Mal feito permanecerás,
Luar incontido.
Indizível é a história
Da vida sem frutos seca, embriagada à esterilidade
Provavelmente não seguirás rastros
Talvez a morte seja mesmo tão sagaz!
Quanto a maneira cruel de evidenciar
Projetos inacabados.
Assinei sem ler um belo contrato
A tinta é meu próprio sangue
Pinto todos os castelos de preto
Meu sangue não presta!
Negro, pesado, turvo o é.
Lamúrias, angústia, delírio
traz consigo
Um toque aos tijolos de vidro
Vida transpõe em olhar
mais uma perda.
Não lamentarei partida alguma
Sofrer algum meço-me sentir
Sim
Sempre vivi não aqui.