Inconfiável

Números simplórios ao léo

Acanha-te ao menor!

Verás infindo arder moral esbanjar.

Sei de veredas proibidas

O sulco que delas degustei

Desceu-me rasgando a esfolar canais tais estes

resididos em ti.

O alvoroço de cães de raça

A classe de pássaros iguais

Irritam

Mentem -se idades

Forjam-se identidades

Onde formada estou

Mal feito permanecerás,

Luar incontido.

Indizível é a história

Da vida sem frutos seca, embriagada à esterilidade

Provavelmente não seguirás rastros

Talvez a morte seja mesmo tão sagaz!

Quanto a maneira cruel de evidenciar

Projetos inacabados.

Assinei sem ler um belo contrato

A tinta é meu próprio sangue

Pinto todos os castelos de preto

Meu sangue não presta!

Negro, pesado, turvo o é.

Lamúrias, angústia, delírio

traz consigo

Um toque aos tijolos de vidro

Vida transpõe em olhar

mais uma perda.

Não lamentarei partida alguma

Sofrer algum meço-me sentir

Sim

Sempre vivi não aqui.

Ligeia Amanna
Enviado por Ligeia Amanna em 15/12/2015
Código do texto: T5481088
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