BOLÉIA

Pneu mil e cem

comendo quilômetros

levou eu de novo

num rumo qualquer

Estrada vazia ,

a carga pesada

Dois fachos de luz,

faróis que me guiam

O medo de assalto

não deixa parar

A chuva torrente,

eu sou insistente

Eu paro por ela,

na vila do brejo

O tempo é pouco

Eu beijo de novo

mas não me sacia

Sigo viagem

Tudo que quero, deixo para trás

pra quê eu nem sei

No radio a canção

arranca saudade

O gosto do beijo

me chama de volta

Eu quero voltar

mas tenho que ir

Boléia me dita

a sina da vida

loboazul
Enviado por loboazul em 14/12/2015
Reeditado em 16/12/2015
Código do texto: T5480285
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