BOLÉIA
Pneu mil e cem
comendo quilômetros
levou eu de novo
num rumo qualquer
Estrada vazia ,
a carga pesada
Dois fachos de luz,
faróis que me guiam
O medo de assalto
não deixa parar
A chuva torrente,
eu sou insistente
Eu paro por ela,
na vila do brejo
O tempo é pouco
Eu beijo de novo
mas não me sacia
Sigo viagem
Tudo que quero, deixo para trás
pra quê eu nem sei
No radio a canção
arranca saudade
O gosto do beijo
me chama de volta
Eu quero voltar
mas tenho que ir
Boléia me dita
a sina da vida