UM POETA

Em minha vida de poeta

Não existe o certo ou o errado,

Nem este, ou aquele lado,

E o futuro, ora presente,

É passado.

Trabalho o contorno da noite

Embrulhando as nuvens em poesia,

Para cada estrela, dedico um nome,

Estrelas irmãs brilham com mais intensidade.

Não busco a idade das coisas

Pois o tempo é vulnerável,

Aos olhos, o que se vê,

Nem sempre é a real idade.

O coração é que determina

Onde tudo começa

E onde tudo termina.

Nos versos, encontro abrigo,

Como um longo e sincero abraço

De um amigo.

Comigo, carrego o que a vida ensina,

Seja a simples aritmética das horas

Ou a física complexa dos elementos.

Canto, enquanto o vento chora,

Choro, quando o mar encontra

A solidão deste vasto oceano.

Visto em meu corpo

As raízes dos sentimentos,

O amor me veste de encanto,

A tristeza, de sofrimento.

E assim, vezes nu,

Encontro-me com a paz

Que me despe das dores

Dos dias normais.

Minha vida não é igual

A tantas que respiram neste mundo,

A vida de um poeta

Se completa a cada segundo.

"escrevo estes versos, para que lembre do antigo, e meu nome era escrito por um amor sem sobrenome"

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 14/12/2015
Código do texto: T5480175
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