DECOMPOSTO
DECOMPOSTO
A tela branca
Preenche-me de visões
Coloridas em preto
Em vermelho
Em azul
E muitas cores
Formam um caleidoscópio
Flamejante
Mutatis mutandis
A percepção de vida
As sensações de inspirar
Expirando poesia
Minimalista
Imposta pela tibieza
Do ser agonizante
Pouco pensante
Escravo do lugar comum
Apenas mais um
Em milhões de escribas
Que tergiversam
Entre versos mal elaborados
Chagando o papel
Com ulcerosos hieróglifos
Fruto de imperito versar
Sem saber onde chegar
O que comunicar
Expressar o cotidiano
O banal que se espalha
Na pureza da alvura
Escondida num’alma
Atormentada