DECOMPOSTO

DECOMPOSTO

A tela branca

Preenche-me de visões

Coloridas em preto

Em vermelho

Em azul

E muitas cores

Formam um caleidoscópio

Flamejante

Mutatis mutandis

A percepção de vida

As sensações de inspirar

Expirando poesia

Minimalista

Imposta pela tibieza

Do ser agonizante

Pouco pensante

Escravo do lugar comum

Apenas mais um

Em milhões de escribas

Que tergiversam

Entre versos mal elaborados

Chagando o papel

Com ulcerosos hieróglifos

Fruto de imperito versar

Sem saber onde chegar

O que comunicar

Expressar o cotidiano

O banal que se espalha

Na pureza da alvura

Escondida num’alma

Atormentada

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 13/12/2015
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