na algibeira

Na algibeira

Todas as manhãs vividas

Lembram outras afins,

Pensando chegadas

Nos sons de partidas...

As mesmas badaladas

De um sino que existia

E extinguiu-se com

O tempo deixado ser

E volta a acordar

O eivo que te traz a mim...

Penso jornadas vencidas

Em outras a vis,

Que o tempo brinca

Com nadas

E o nada é o tempo

Por vir nessa parada,

Forçado pelo amor

Ou pela dor,

Permeado no que foi

A construção do virá.

Pensemos o tempo

Lavado em sonhos

Que lá se vai

Na juventude dada

Aos sonhos de viajar,

Mesmo que não viajou,

Trazem as viagens

Ao ocupado que ficou.

Sonhemos, meninos,

Sonhemos a espera

Da esperança que

Palmeia cada dor.

Que o tempo, ah... O tempo

É apenas nada

Contando o vivido

Sonho de cada partida

Em cada chegada,

sonhos desacontecidos

Nas formas de vivê-los

Entre dores e amores,

Este fadário em nós,

Revivido em vós,

Nos cantos deixados ser,

Inda buscados entre

Abonados dias,

Fontes de vida.

Sonhemos, crianças,

Com o que há de vir

De vocês nessa

Espera de germinar

Cada hera

Nos plantados

Jardins.

Sergiodonadio.blogspot.com

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Clube de Autores, Amazon Kindle.

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 12/12/2015
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