na algibeira
Na algibeira
Todas as manhãs vividas
Lembram outras afins,
Pensando chegadas
Nos sons de partidas...
As mesmas badaladas
De um sino que existia
E extinguiu-se com
O tempo deixado ser
E volta a acordar
O eivo que te traz a mim...
Penso jornadas vencidas
Em outras a vis,
Que o tempo brinca
Com nadas
E o nada é o tempo
Por vir nessa parada,
Forçado pelo amor
Ou pela dor,
Permeado no que foi
A construção do virá.
Pensemos o tempo
Lavado em sonhos
Que lá se vai
Na juventude dada
Aos sonhos de viajar,
Mesmo que não viajou,
Trazem as viagens
Ao ocupado que ficou.
Sonhemos, meninos,
Sonhemos a espera
Da esperança que
Palmeia cada dor.
Que o tempo, ah... O tempo
É apenas nada
Contando o vivido
Sonho de cada partida
Em cada chegada,
sonhos desacontecidos
Nas formas de vivê-los
Entre dores e amores,
Este fadário em nós,
Revivido em vós,
Nos cantos deixados ser,
Inda buscados entre
Abonados dias,
Fontes de vida.
Sonhemos, crianças,
Com o que há de vir
De vocês nessa
Espera de germinar
Cada hera
Nos plantados
Jardins.
Sergiodonadio.blogspot.com
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