T A N G Ê N C I A S
Convém supor que cante
A eternidade
Em cada instante extinto
À margem desses olhos seus.
A lua inveja o seu silêncio
Persuasivo
E o que não digo é ponte
– solene e cínica e austera – calando
Esperas e a vertigem
De acalentar tão cruel distância.
Convém supor que cante
A eternidade
Em cada instante extinto
À margem desses olhos seus.
A lua inveja o seu silêncio
Persuasivo
E o que não digo é ponte
– solene e cínica e austera – calando
Esperas e a vertigem
De acalentar tão cruel distância.