Golpe de Estado
Há meu povo/
Quão ingênuo ainda te mostras/
Não sei se por falta da educação/
Se por causa de religião/
Ainda te condicionas a essa omissão/
Hoje com a carne esfacelada/
Expostas em dores de indignação/
Não pode ser normal a miséria como normatização/
Como Colônia, tínhamos a exploração/
Vivemos a nesga degradante da escravidão/
Agora permitimos a humilhação/
Teu filho nasce todos os dias/
Sob a incerteza e a devoção/
É justo agora/
Permitir que a esperança/
Seja também uma farsa nessa escuridão/
Já que poucos poder vislumbrar a igualdade na nação/
Admito a ignorância/
Mas a omissão/
É como pedir ao desertor o perdão/
Nesse instante da história/
Cujos olhos se veem forçados/
A tanta humilhação/
Faz-se necessário a humildade pela união/
Já chega de tanta compaixão/
Precisamos fazer a ação acontecer/
Se não pouco valeu esse país surgir/
A campa, mais do que uma mordaça silenciará os gritos heroicos/
A areia seca sugará o peito cujo sangue derramado/
Logrou independência ou morte/
Se a justiça não vingar/
A alma agonizará/
Ao ver incutirem na cultura/
Que o sonho de liberdade é comprar qualquer matéria/
O Inimigo oculto/
Oportunista dessa situação/
Faz pacto e juras com a justiça/
Pra arrendar aos seus domínios a Democracia de Platão/
Não obstante o sistema das minorias/
Imputam-nos cabeças Microcefálicas/
Para seguimos calados a política dos sins e nãos/
Não somos palhaços/
Ou homens sem mãos/
Somos alegres/
Trabalhadores /
Construtores dessa edificação/
Mas não podemos mais aceitar a realidade em questão/
Não forem as armas/
Está na hora de marcar passeatas/
Assentar todo mundo nas praças/
Bater latas/
Parar o trânsito/
Parar de produzir o pão/
Pois o circo não desarmaram não/
E até agora só as feras tem a mesa farta/
Se refletirmos/
Até preso estamos em nossa casa/
Pergunto então por que temos que aguentar essa situação/
É político enganador/
É professor mal pago/
Mídia mentirosa/
Bandidos posando de doutor/
E a gente não tem nem onde cair morto/