A MUSA ELEITA
 
 
 
Ela primeiro estava
desejando enganar
o terceiro secreto
que vive nos meus sonhos
como o demônio
encantando donzelas
ela primeiro
atacou-me sorrindo
dizendo qualquer coisa
da linda voz dela
saindo qualquer coisa
seria um lindo versejar
desejando tê-la
ela pelo segundo
que a fitava tão mal
escolhido de roupas
poupas de absurdo
guardadas pra dizer
o que esconde no intimo
que escorre tão doce
quando adagas
em mãos tão doces
amarga o “vilão” sem graça
morda minha mordaça
coma força de tua beleza
esta estranheza perpétua
quer-me inócuo vencido
o ultimo grito
antes que eu morra disso
pode ser o seu
apelos meus
que olham a janela dos olhos
sem sair pra fora
saem pra fora
pelo corpo mudo
contudo deixei ela
saber que o primeiro
veio a saber do terceiro
pelo segundo
um minuto de saída
na sua vida
custa-me tão caro
menina dos azuis-claros
que me deixa escuro
sem vaso
morrendo de sede
desprotegido sem terra
pedindo a mão da chuva
que poucas nuvens
querem dizer
num céu vestido de você
indo voar tão longe
da onde o martírio de mim
espera?