O EU EM RUINAS
Plúmbeo está o clima
dentro dos jardins do coração
Chove gelo no calor da dor
Incendiando os ossos da antiga construção
Dos restos da sala de visitas vazia
vejo os prédios que desmoronam ao lado
E o dia áspero se contorce arruinado
Enquanto a loucura vaga tranquila na rua
dentro dos carros, comércios e promessas
O tempo morre em conta gotas
O que há sob os escombros de lembranças?
O que é que procuro ajoelhado meio ao desespero?
É algo que certamente já morreu
O que acontecerá quando encontrar
sob os escombros, sem vida
aquilo que um dia foi eu?