Malditos

Toque meus pés

Eles pisaram em flores ontem

Grama semana passada

Ambas morreram.

Tributados e simples

Homenagens céticas, banais

O caos onde reside o silêncio.

Ouço uma suplica se propagar em gritos

Ponderastes minhas unhas e dentes

Maravilha!

Nas alturas. Topo dos topos

Topo qualquer traição violenta

Ao se tratar o ruído duvidoso

Milhas e milhas

Andaram estes cinzentos e embalsamados pés

Suaram como porcos, sim

Sangraram feito uma perversa execução.

Mal planejada fora consumindo baratos vinténs

Isso quando o planejado se auto planeja.

Revistando um viciado

Revivi seu passado

Nada belo ao encontrar

Pessoas em âmbito fútil. Ademais, corram!

Tragam-me óleo

Unjam meus pecados

Sequem, usem longos cabelos...eles em mim grudaram

Em mãos suas, alheias

Nada é santo

Apenas um só.

O sopro fétido que sinto

Apenas é hálito matinal do mangue aqui perto

Donde saíram pestes

Escolhas só dirão o quanto insignificante fostes

e és.

Certos, ninguém.

Lado a lado,

Imersos nós, por geral malditos.

Ligeia Amanna
Enviado por Ligeia Amanna em 11/12/2015
Reeditado em 07/08/2023
Código do texto: T5477414
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