Aconchego

Sei dos meus desacertos

Das palavras desconexas

Mas de dores, falo destas:

Que me consomem,

Que me corroem,

Que me corrompem.

Um dia, por elas serei derrotado

E já arrasado, esquecido

Num qualquer jazigo, abrasado

Abraçado em comunhão com a terra

Que acalma a fera, que fere a alma

Terei por fim

Aconchego.

E de longe ver a comoção;

Um punhado em reclusão

Exclamando solução para o impossível

Pedindo, orando, sem conhecimento

Que cessou ali o sofrimento

E a vontade de voltar atrás.

João G F Cirilo
Enviado por João G F Cirilo em 11/12/2015
Código do texto: T5476760
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