RUMO E ATALHOS




Perdido para sempre
O solo ancestral –
Sonho mau que o constrange

O mundo, fado,
Vindo a ser seu embate
De atalhos e rumo
 
Sem mapa.
Poeira de estrelas
Envergonhadas
 
Na manhã que se atrasa.
Vento em seu rosto
Endurecido
 
Em combates e perda –
Pardal que se ausenta
Do eterno, sem tino,

Tantas penas em curso
Durando seu vôo.
Destinos e fardos
 
Que a mesma jornada insinua.
O tempo a subtrair cidades
De seus dedos mornos.

Habitando seu grito recorrente
O acaso 
A preencher por lapsos
 
O que insiste em chamar de vida. 





 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 11/12/2015
Reeditado em 11/12/2015
Código do texto: T5476714
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