BLACKOUT
LORD LÚCIFER
 
 
Os fantasmas de corpo
saídos das tumbas
Ainda seguem o sumo
De todas as penumbras
Escondidas
A verdade de “ossos”
 causa dores horríveis
Na mentira deitada
Sobre a sombra
Dos beatos
“Ditando pelos autos
Da demanda de escritos forçados”
Eles estão no ninho
Dizendo coisas estranhas
Das coisas estranhas
Somos todos nascidos
Breves como a neve
Deixada depois
Pelos caminhos do fogo
Toda idade dos séculos
Querendo ir aos céus
Descer nomeadas
Estrelas que calam
Por não pertencer a nada
Dizem sobre tudo
Escondem versos
Do antigo mundo
“Quem corria atrás de carne
Olhava  primeiro p’ra cima”
Alardes perversos
De gritos extensos
Percorrem como vento
Por entre vilas de covardes
Mundanos de olhos claros
Pele rubricada de vermes
E ratos
Onde correm as lebres
Que disfarçam
A febre dentro de si
Onde perduram mendigos
E fugitivos das margens
As mulheres da noite
Prontas ao bote fatal
Elas querem o mal
Que compra loucuras
Nas aventuras dispostas
E nas apostas entre elas
O lucro das poças
Do gozo selvagem
Chegam até a mim
Querendo vingar
“estas portas sem chave”
os góticos irão desviar
do gosto das salivas
que falam mais
do que lábios
os góticos procuram
os sábios que contam
cartas sobre a mesa
símbolos da sorte
querem a morte
de quem roubou
o grande morcego
onde estão seus egos
de túmulos abertos
eu desafio identidades
a procura das idades
no submundo
a cólera virá perdida de ataque
com magias de bruxa
a Coringa Dark
será benzida por meu cetro
será minha...