VERDE E AMARELO

O verde também pode ser amarelo,

em puro e constante metamorfismo.

Diante daquele portão, o sentimento

abstrai anseios da alma e seu anelo.

O amarelo suspira na visão da aprendiz

ressurgida esplêndida e cheia de sinais.

Sentimentos ocultos, pecados discretos

arraigados em enigma de robusta raiz...

O amarelo é advertência em tormento,

porque o verde assanha para a liberdade,

o sentido aponta que o amarelo é verde,

e a horda cruel se agita, nesse momento.

Enquanto leve e suave, eclode o verde,

desvendando ecos quase perdidos,

intactos, proibidos, acalentados...

o amarelo reflui, não sacia sua sede...

Mas não se partirá o elo

desse indissociável enigma.

À sirga do intrépido verde,

libertar-se-á o amarelo!

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 10/12/2015
Reeditado em 10/11/2017
Código do texto: T5475966
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