ENIGMA

Uma chama escondida

iluminava a cerviz ereta

da desafiadora donzela

impávida, olhando certa

a sorte ainda imprecisa.

Riso de criança, uma luz,

vento do leste que nasce,

incógnita surpreendente,

vã cobertura sem disfarce

revela escultura saliente.

Versado pelas vias da vida

olhei com ares de advinho.

Injusto, julguei-te atrevida,

tal raposa abjurando uvas,

que nem verdes estavam...

tempo singelo de partida,

manuscrito de despedida.

Culpa expiada à beira-mar,

na visão do rosto altaneiro,

na fria espuma das ondas,

rasgos da renda da marola

sorrindo, chamando ligeiro...

uma onda vem...outra vai...

se pudesse! não ia embora...

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 10/12/2015
Reeditado em 10/04/2017
Código do texto: T5475707
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