A safadeza do poeta
O poeta é safado
Mimado
Que não pode ver um peito que chora pelo leite derramado.
Safado
Mas bem tem um porquê
A poesia dá tesão
Acalma a alma e o coração
Mas também cede a se exceder.
O poeta é safado
Tarado não, safado
Que o tarado aperta a carne sem pedir a permissão
O poeta é respeitoso
Só aperta quando deixam
Tem limites, mas quando deixam, não quer tirar a mão.
E acima de qualquer sermão
O poeta se defende na logística ou religião.
Pois sim, o poeta apoia o gay, a lésbica, o poeta é plural
Conheçam o novo poeta contemporâneo sexual.
E, sem poréns, o poeta é até amoroso, ator
Mas hoje o poeta é sexo, não quer fazer amor.