AO LADO, SOMBRAS



 
No momento propício
A casa transformou o céu
De seus áridos dias –
Entre paredes de papel seria mais um sonho,
Ela e o sol perpetrando em conluio
Encantamento suficiente
Na grama rastejante do dezembro mais suspeito,
Hora de luz absoluta.
 
O sol abriu a porta, petulante,
No momento uma idéia cultivada
Por tantas pessoas nas mesmas
Horas de luz, dúctil, escoando,
Entrando pelos olhos –
Ao lado, sombras complicando cantos –
Na grama, a tessitura do que resta
De seus dias esquecidos.
 
A casa, seqüela do dia a capturar
Entre paredes o Remorso, um convidado.
Ela e o sol cumprimentaram-no,
Encantamento que consente
O sol, garra acima e em redor –
Por tanta gente superestimado,
Entrando, déspota dos pórticos,
Ao lado e após, calúnia, invejas e quejandos.
 
No momento em que o mundo
Entrando feito idéia num discurso
Reverberava nessa mesma casa
Entre paredes indiscretas
Ela e o sol conheciam novo equívoco
‘Encantamento’, assim mal percebido
Por tantas lúcidas pessoas...
Ao lado, a modorrar, tontas pessoas...





 
Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 08/12/2015
Reeditado em 11/12/2015
Código do texto: T5473653
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.