OCASO

OCASO

Aproxima-se o ocaso

A rigidez da pele

A podridão da carne

A oclusão dos olhos

O abatimento do coração

O apagar da razão

Os amores vividos

Serão frígidos

De palidez amarelecida

Qual bílis e fel

Não haverá mel

Será o doce pela foice

O respirar pelo apenas ar

O ouvir pelo olvidar

O falar pelo calar

E o sangue

Seja lá de qualquer tipo

Estará frio, coagulado

Ilhado por terra de todo lado

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 08/12/2015
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