CLICHÊS

Digo que não amo e amo

Finjo que não choro e choro

Calo o que me aflige e berro

Berro o meu incômodo e calo

Quebro o meu espelho e vejo

Tudo está tão claro e em cacos

Junto os pedacinhos e jogo

Vento que me espalha e me refaz

Imperfeito como outrora, porém novo

Pronto para errar de novo

Na busca por aquilo que é certo

Praticando o meu lado humano

Na esperança e tendo como meta o divino

Interrompendo os meus clichês

Para mudar o conceito de quem me julga

E no final, quem sabe, sorrir junto

Como as inverdades que de tão repetidas

Tornam-se reais para quem as deseja assim

E que prevaleça o amor...

... o verdadeiro amor!