DISTÂNCIAS PERDIDAS...
Admito que o tempo me debandou, espalhando
ás "distâncias" que vou ajuntando no meu peito
soltos nas lúgubres madrugadas dos homens
que por vezes me deparo ao vento forte
desfazendo os vendavais
e tranquilizando os corpos… tão languidos
Percebo os limiares ao longo do horizonte
daqui, em portentoso desígnio
ao entorno do voo dos pássaros
que passam a planta das minhas mãos,
mas é utopia retida na liberdade
que sucumbi na quebra das ondas
onde veleja o coração da mulher amada,
que a deriva, em mim navega...
Tão grande é o cenário do amor
fendido pelos Sóis, arrebóis
de incólume nuança de um olhar castanho, um respirar
a mistura química de um amor deslembrado, é brisa
é fôlego de vida gerando a própria vida,
deste meu corpo, donde o sangue que alimenta a carne,
vai completando a rotina, o regresso do meu mar
ancorando-me ao cais da minha sina,
no vão do meu destino...