O rio doce

O rio doce

Por muito tempo ele teve esse nome

Até que algum cruel bicho homem

Matou para sempre sua beleza

Assassinando uma jóia da natureza

Nem mesmo depois de sua morte

O culpado sofreu qualquer corte

Continua impune em sua sorte

Enquanto o rio morto pro oceano

Escorre...

Lá vai o resto de esperança

E o brado do povo um dia forte

Também escorre...

Prá longe, pro fundo, pra onde?

Ninguém tem a resposta

Talvez alhures em outra costa.

O tempo escorre...

O rio morto tudo sepultou

As vidas, sonhos, lembranças, memórias

Triste final de história

E o povo? Jaz sem memória.

O vento empurra

As lembranças do rio que era doce

E fatalmente acabou-se

O tempo desnuda

As lembranças do povo adormecido

Num passado de lama tão perdido.

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 07/12/2015
Código do texto: T5472912
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.