DESVIRGINADA

Protegida em cúpula de vidro sacro,

A santa ungida de pecado.

Os olhos claros perdidos no passado,

A luz dos sonhos apagados,

A santa nua e sua lágrima.

Quantos se serviram do seu corpo,

Quantos se embebedaram do seu pranto?

As mãos cobrindo suas partes,

Os desejos mais urgentes realizados,

Os seus lábios beijados

Por tantos santos viciados.

Teria o Homem transgredido sua fé

Além dos limites permissivos da alma?

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 06/12/2015
Código do texto: T5472017
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