EU NUNCA AMEI NINGUÉM
(Sócrates Di Lima)
Eu sei...
Nunca amei, de paixão...
Talvez me envenenei,
No cálice da solidão.
Posso ter gostado,
Até além das minhas vontades,
Posso ter me enganado,
São poucas as minhas saudades.
Olho para dentro d'Eu!
Não vejo sequer alguém,
Por certo meu coração esqueceu,
Por saber que nunca amei ninguém.
Sei que tive minhas loucuras,
Seria o sexo selvagem!!!
Há certa conexão nas fissuras,
Que me fizeram crer num amor de vadiagem.
Se eu amei, não sei...
Mas, sei por certo o que é o amor...
Talvez por isto nunca me decepcionei,
Com "amores" mantidos, sem pudor.
Olho minh' alma vazia,
De talvez, sei lá o quê!
O coração parece conter uma orgia...
Um misturado de coisas de você.
Mas, quem é você?
Esse alguém que nem sei quem é!!
Mas, que aqui dentro a tudo crê,
Até em um amor, amigo e de fé.
O que fazer dessa conclusão!
Nos meus áureos longos anos de vida,
Uma mistura de razão e emoção,
Que não diz nada, nem coisa sabida.
O certo é que, tenho medo de sofrer,
De não suportar prender-me a alguém,
De amar e depois este amor perecer...
E e ter a certeza absoluta que nunca amei ninguém.