DESENCONTROS

Entre olhares e sorrisos confusos

Eu me perdi e já não consigo me achar

Sei que você, querida, é um porto seguro

O que eu não sei é se posso ou não ancorar...

Quando ela quis não percebi

Sempre tão cego

Eu fui o asno que o circo rejeitou

Eu quis voltar

Mas em meus pés havia um prego

A timidez, carrasca, me crucificou.

Perdi a vez, a voz, a oportunidade

Ela com outro

E eu com a indignação

Um tempo longe dela é muito

Um toque é pouco

Aqui estou na fortaleza da solidão...

Tentei correr atrás

O tempo me passou

De todos, ele é o maior maratonista...

A voz, o cheiro dela

Nada aqui ficou

Meu coração estatelado

Em plena pista...

Meus olhos te procuram

E não encontram nada

Minhas mão procuram por seu toque

E nada encontram

Por mais que eu tente

Não consigo te encontrar

Mais uma vez

Nossos corpos se desencontram...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 03/12/2015
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T5468910
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