A flauta faz falta!
O som orquestral ainda ecoa em meus ouvidos
Tempos idos que não voltarão jamais.
A música que agora soa tem sons indefinidos!
Das semibreves, semínimas, colcheias...
Restaram somente as pausas, os compassos vazios,
Os calafrios das apresentações em público
Que não são sentidos pelos ouvidos.
Não há mais a clave de sol!
Está nublado!
A chuva cai do meu olhar encharcado
Não enxergo a regência
Minha flauta está adormecia e eu com insônia
Agarro-me à quarta linha do pentagrama
Sou uma grande pausa e a pauta é minha cama.
Dolores Fender
02/12/2015