Poesias variadas-
Poesias Variadas.
Tristes janelas da minha vida
Nas tristes janelas do meu viver
Deleita-se a minha alma inquieta
Onde está ó alma que está a sofrer
Que ainda não encontrou sua alma perfeita?
No silêncio da tristeza e melancolia
Divagas sussurrando a prece de cada dia
Às vezes uma oração à Ave-Maria
Parece que já não vive mais nesta vida.
Alma ansiosa por alçar voos longínquos
Melancólica desejando encontrar-se
Debaixo de um pé de laranjeiras
Perto do mar, natureza e cachoeiras.
Semblante descaído somente anseias
A paz encontrar nas encostas cobertas de areia
Tão somente tu passeias
Perto de árvores com flores altaneiras.
Obter a sintonia da vida sem derramar lágrimas
Sorver as gotas, engolir o choro
Ó alma minha ...tão triste, tão certeira
Chora nas altas horas; infeliz , no dia que clareia.
Põe-te somente em alerta
Pois não sabe o que verás após o fim
Preparas-te para seguir os caminhos
Desafios que a vida manifesta.
Sem dar oportunidades de seguir adiante
De sorrir diante das maravilhas que seus olhos teimam em procurar
Viver construindo a felicidade dia a dia
Pertencer a quem realmente pode te amar.
Seguir seus instintos e se entregar
Triste alma solitária...
Triste alma infeliz...
Que ouve os pios da ave agourenta, sem matiz.
Impelindo-te para o mar de tormentas
Livra-me ó minha alma triste , cansada e abatida
Por que me abates assim ó alma entristecida
Afaste de mim as agruras da vida.
Já não quero ouvir o som dos seus gemidos
Minha pobre alma sedenta
Faz-me retornar ao seio da minha mãe que um dia partiu
Deixando-me órfã da vida e evoluiu.
Será que ao menos tenho esse direito
De pedir-te que ampares-me nesta desdita?
Não se torne uma alma cativa
Estou aqui! Olhe pra mim... responda minha súplica
Meus pedidos de liberdade inauditos.
- Lembranças de Você-
Ainda que eu falasse a língua dos anjos
Não me cansaria jamais de te amar
Você é a minha vida, meu encanto
Você é a melodia que canto.
Ainda que eu pudesse voar
Alcançar as estrelas no infinito
Nunca poderia apagar
As lembranças que tenho contigo.
Mesmo que tocasse no teu coração
Não esqueceria jamais de falar
Que tudo na vida tem uma razão
E minha razão de viver é te amar.
Por teu amor regresso de longe
Alcancei as estrelas, segurei os cometas
Por ti quero sempre ter chance
Trilhei o deserto para seguir tuas metas.
Esqueço de mim pra lembrar de você
Não vejo motivo pra se aborrecer
Estou contigo não quero saber
O que almejo é só amar você.
- A lágrima rolou-
A lágrima deslizou pela face corada da moça
Como cascata que desce na cachoeira
Inundou seu rosto moreno rosado
Alcançou seus lábios rubros cor de sangue
Alcançou sua boca o sabor salgado
Da lágrima que constante rolou...
Pobre virgem das matas
Perdeu seu amor nas batalhas
Guerreiro valente das vertentes
Cavaleiro sedento de amores
Que saciou aqueles mesmos lábios vermelhos
Que de amor se entregou a ele
Sem mágoas, maldade ou temor
E no fim desfaleceu nos braços da mata
Não encontrando alento em outros braços
Acabou enlouquecendo por amor
Foi - se entregando às torturas aos passos
Deixou-se cair das alturas daquele véu de noiva
Cascatas mágicas da cachoeira intrépida
Que ouvira o seu lamento noites afora
Abraçaram com afoite o seu corpo
Que boiava sobre as brancas espumas
Ao som das matas farfalhantes
Que pendiam seus galhos ao ver os longos cabelos da jovem sereia
Que boiava sem vida como um grão de areia
Que foi de encontro às ondas do mar
Envolvidas em seu doce sussurrar
Como uma triste canção de ninar.
Autora : Margareth Rafael