CÉU E CHÃO...
Haverá um final, um início
onde o ar se reterá ao âmago
intimamente prezo há mais pura languidez,
e, ao nosso redor nada se fará inerte...
Ouviremos a voz do coração ecoar
se prostrando conciso num eminente final
então ouvirei a tua voz, que com ela sonho,
e aos Céus subirá tua voz exalada
no contraste da harmonia
entre o teu Céu e meu chão...
Deixe-me subir ao teu Céu
indulgente e longânimo
antes do dilúvio
pois amalgamados resistiremos
quando o Céu se abrir...
Iniciaremos o arrebatamento
sem importar com a distância
nossos mundos se abalroam
na razão e na emoção
dos dias escuros
das noites claras
tu poderá me ter
tu poderá me ver
mas poderá ter meu coração?
Que tu abras o teu Céu
antes do cataclismo
para resistirmos
a submersão com o fôlego
do ar puro que nos encheu...
Irei onde tu fores
o que tu sentes eu sinto
jamais seremos seguros
sem haver Céu e chão
seremos desprotegidos sem nossos braços
livrando-nos do iminente perigo.
Segure em minhas mãos
eu nas tuas...
façamos do meu chão
o teu Céu se abrir...