DA HUMANA CONDIÇÃO * NÃO! (E agora, Senhores do Mundo, onde estais?)
As múltiplas catarses extenuam!
Prostrado e nu, sem nada que me esconda,
surpresos os meus olhos continuam
querendo, sempre mais, que lhes responda...
Exposta, a náusea exala a recorrência
do pesadelo instante da clausura!
As trevas assombraram a decência!
Só um fantasma abúlico perdura...
Será, agora, o caos, hostil contenda
da massa informe que se digladia...
Talvez a antemanhã de espúria lenda...
...em sangue, a derradeira profecia!
A sarça ardente emerge da colina...
E, no Sinai, Yavé que determina?
17 de abril de 2002.
Viana do Alentejo * Évora * Portugal