A VALSA

É no prelúdio das horas

Que tocam as notas silentes.

Quando a gente se reserva, e chora,

No momento de um amor ausente.

É então que o coração implora

Que se perca ao longe este tempo,

E que não volte, sequer com os ventos,

Que seja nunca, que não seja agora.

E, sentindo essa dor que vibra

Como a corda ferida do instrumento,

Na valsa desta vida

Eu me despeço

Deste descontentamento.

MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 29/11/2015
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