Mensagens Cifradas
Hoje, ao reler algumas das tantas mensagens
Que me enviaste, deparei-me com justo esta
Em que me pedes, me suplicas, que te guarde
Em um cantinho do coração que ainda me resta,
Destroçado, desvairado, em tantas homenagens.
Ansiosa, pedes que guarde no cantinho do peito,
Um amor bem maior que mim mesmo, infinito,
Que ora morre silente, sem fazer qualquer alarde,
Dissimulando a dor que sente em um grito contido,
Que perdeu, até mesmo de si próprio, o respeito.
Em tua súplica, rogas que não mais me martirize,
Que seja feliz por mim, por ti, por nós, pela vida,
Que esqueça que o tempo, para nós, se fez tarde,
Alegando que não mais podes continuar nessa lida,
Como se nosso amor, amante, fosse algum deslize.
Pedes-me que nos afastemos mansos, serenamente,
Que te guarde num cantinho especial de meu peito,
Como guardaste por décadas no teu que ainda arde,
Que tanto anseia por conduzir-me de novo ao leito,
Que me levarás, eternamente, no coração e mente.
A vida, bem sei, é constituída por perdas e ganhos,
E nós perdemos, ao termos ora nos reencontrado,
Mesmo que tenhamos ganhado, por já ser tarde.
Um amor imenso, maior que qualquer outro amado,
Não se pode guardar em um peito, com este tamanho.
Pode até mesmo ser que um dia, quando afinal liberta
Dos grilhões que tu própria te impuseste, em euforia,
Retornes para saber se de novo eu posso amar-te,
I que te ama, vã esperança de desnudar-te na poesia,
E cobrir-te por eternas primaveras de flores abertas.
Hoje, ao reler algumas das tantas mensagens
Que me enviaste, deparei-me com justo esta
Em que me pedes, me suplicas, que te guarde
Em um cantinho do coração que ainda me resta,
Destroçado, desvairado, em tantas homenagens.
Ansiosa, pedes que guarde no cantinho do peito,
Um amor bem maior que mim mesmo, infinito,
Que ora morre silente, sem fazer qualquer alarde,
Dissimulando a dor que sente em um grito contido,
Que perdeu, até mesmo de si próprio, o respeito.
Em tua súplica, rogas que não mais me martirize,
Que seja feliz por mim, por ti, por nós, pela vida,
Que esqueça que o tempo, para nós, se fez tarde,
Alegando que não mais podes continuar nessa lida,
Como se nosso amor, amante, fosse algum deslize.
Pedes-me que nos afastemos mansos, serenamente,
Que te guarde num cantinho especial de meu peito,
Como guardaste por décadas no teu que ainda arde,
Que tanto anseia por conduzir-me de novo ao leito,
Que me levarás, eternamente, no coração e mente.
A vida, bem sei, é constituída por perdas e ganhos,
E nós perdemos, ao termos ora nos reencontrado,
Mesmo que tenhamos ganhado, por já ser tarde.
Um amor imenso, maior que qualquer outro amado,
Não se pode guardar em um peito, com este tamanho.
Pode até mesmo ser que um dia, quando afinal liberta
Dos grilhões que tu própria te impuseste, em euforia,
Retornes para saber se de novo eu posso amar-te,
I que te ama, vã esperança de desnudar-te na poesia,
E cobrir-te por eternas primaveras de flores abertas.