Porta entreaberta

 

Quando chega desenfreado, é doce tempestade
Grita aos meus ouvidos, sem nada querer ouvir
Espero que se acalme, me cálo. Depois ele ri.

Deixo-me ser invadida completamente...
Se  ele quer poesia? -Nem declamada!
É assim esse ser misterioso que bem conheço
Alvoroça-me, mas não varre a minha ilusão
Reconstrói meu castelo, brinca feito criança
Põe em meu peito indecifrável felicidade,  
Pela minha dor, tem aversão.

É assim o meu meu amor, meu rei, 
Altivo, lindo, maravilhoso, impetuoso. Ímpar. 
Foge de mim, para mais distante, mas não vai.

Derrama autencidade, alma livre, forte,
Explode às vezes, sem muita explicação.
Ainda assim é meu porto mais que seguro,
Tem atitude, sabe ter nas mãos o meu coração.
É hoje, é amanhã, é ternura, é promessa, é calmaria
É corpo, é alma. Fecho meus olhos, abraço-o tanto,
Aperto-o em meu seio, nele confio...
Não se deixa ir com nenhuma ventania.
É direto, amo! Uma das suas maiores qualidades, 
Desconhece metáforas, diz, faz!
Não tem rodeios.
Sem ele a única palavra que me consome é a saudade.
Aos poucos vai compreendendo o meu jeito de ser
Exagerada e contida, mas sei sou sua querida.
Está em minha vida. Não tem mais outro jeito,
Clareando todos meus espaços, o meu amor é você.
Você, de bem com a vida, esse sonho contente,
Sem regras, mas com verdades,
Ah! De você!  __ Não desisto.
É um amor que mora em mim, sem correntes.
Porta entreaberta, em sua luz, abrigo-me.
Quando triste estou,
Pelas ruas, falando seu nome, sozinha, morta vou, 
Sento-me embaixo duma árvore, à sombra durmo.
Através dos galhos e folhas bebo a sua réstia
Desperto,
Qualquer gota de luz sua, me faz rejuvenescer.
Esse nosso amor de loucos, que eu vivo sem pressa.
Quando nem percebo a claridade lá se foi,
Nessa hora eu sonho com você.
Agora, transforma-se em sol, findo dia...
Vai brilhar numa noite bem distante,
Fico tranquila, pois sempre irá voltar, você!
Vale mais para mim do que qualquer diamante.

 
 
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 28/11/2015
Reeditado em 29/11/2015
Código do texto: T5463802
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