AMANHECI SEM ORAR

Não quero o que eu fiz e nem escuto ninguém.

Já é tarde, não vamos perder o trem.

Que trás a farsa da sua careta.

Molhada, gosto de pimenta.

Seria mais fácil um eu criado pra mim.

Tipo eu mesmo, a favor de se.

Assim não me arrependeria de nada,

mesmo sendo verdade ou casual não passa desses momentos.

Não é o que quero destilando o veneno,

te protejo, querendo seu sossego.

Ardido e sem ressonância.

Terminando na cama.

Vivo e não sou feliz.

Amor é o que tenho,

e só sei gastar.

O estoque não lhe merece, esperança a pairar.

Sou dono da minha direção.

Tendo que pedir licença.

A respeito do criador, me leve com você,

Assim não mais sofrei por essa cidade sem luz.

As meninas que vem,

chega sem saber da minha vontade,

nem se ela existisse a você não lhe pertenceria,

pois os caminhos cruzaram mas chocando de forma desagradável.

Escurece!

Mesmo que sobre energia.

Confusão!

O travesseiro me cutuca, não adianta.

Eu vou pular em seus canteiros,

serão sobre seus adubos.

Amassarei sua terra e te mostrarei como sei socar o seu terreno.

Mulher desalmada.

Mulher que não sabe amar.

Imagine a essência da mistura e desligue o secador.

Pára-quedas abertos no chão,

aconchega minha morte nesse dia escuro.

OSMAR ZIBA
Enviado por OSMAR ZIBA em 29/06/2007
Reeditado em 02/07/2007
Código do texto: T546149